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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


sonhei com movimentos.
as mãos não paravam.
as malas estavam cheias de viagem.
eu nunca viajei com um trem...
sempre pensei que janelas eram os olhos das coisas.
se estão fechadas, o lugar está cego.
o trem estava. continuei andando vagando pelos ladrilhos olhando para o chão
mas parece que caminho nos mesmo lugares de todos.
não consigo pensar por mim mesma, por isso não posso escrever.
Um homem me para e pergunta:
"Você está grávida de uma menina não é?"
Fico paralisada, homem com roupas de profeta me olha por dentro.
eu estava.
o trem passou por mim sem janelas,
vagões vagos de gente (por que ainda insisto em estar na estação à espera?)
"trens não passam mais por aqui."
vejo meu filho pequeno correr entre os bancos atrás das pombas,
sento e choro.
nunca consegui segurar trem em meus pés.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


beijos beijos e mais beijos.
se todas as sensações se resumissem no prazer...
a boca pronuncia a fala e pode-se escrever com a língua palavras inauditas
(pode ser no pescoço também?)
queria que existisse um tempo, no qual me perderia em tua pele.
também quero teu pescoço.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

"A verdade é que não desejava intimidade, desejava conversa. A intimidade é um dos caminhos para o silêncio (...)"
Virgínia Woolf

essas palavras jorraram sobre mim. O silêncio lavará minha alma?
Poderá-
podereis lavar.
Jamais com tuas mãos.

sábado, 5 de fevereiro de 2011


Olhei para trás,
O céu estava lilás.
Somente olhei porque chamou-me a atenção.
Às vezes sou cega.
Erro os caminhos, erro as gramáticas e os endereços.
Mas ainda me procuro no reflexo...
reflexo do meu eu dentro de ti, do meu eu nas janelas,
do meu eu no córrego perto de casa,
do meu eu nas cartas do tarot...
procuro o lilás na minha vida.
Faz tempos que nao escrevo....
estou voltando ao meu centro?
ou estou me espalhando pelos ares?
escrevi hoje...
senti minha mente voando outra vez...
como é bom sentir-se ao vento.
fui ao Engenho Central
O rio estava bravo o vento levava a poeira para longe...
e as janelas dos lugares estavam com os vidros quebrados...
deixar-me passar como o vento...
amo poder escrever sem uma funçao específica..
acho que quero ser livre