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sexta-feira, 4 de junho de 2010

ODE REMOTA E DESCONTINUA VI

Três luas, Dionísio, não te vejo.
Três luas percorro a Casa, a minha,
E entre o pátio e a figueira
Converso e passeio com meus cães

E fingindo altivez digo à minha estrela
Essa que é inteira prata, dez mil sóis
Sirius pressaga

Que Ariana pode estar sozinha
Sem Dionísio, sem riqueza ou fama
Porque há dentro dela um sol maior:

Amor que se alimenta de uma chama
Movediça e lunada, mais luzente e alta

Quando tu, Dionísio, não estás.

Hilda Hilst




agora meu eu do alpendre fala:
tenho um Dionisio...
mas o tenho em meus sonhos.
Ele nao existe de verdade.
Nao posso entrar na vida dele
Só ele entrou na minha.

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