Powered By Blogger

sábado, 6 de agosto de 2011

Estou em ... queria ver vc...as luzes dos carros passeiam ao longe..
vou ao cinema. filme francês...
melancolia com certeza irá me sobrepor...
tardes com marguerite..
gosto de estar sozinha
até sem meus pensamentos

domingo, 19 de junho de 2011


mundos desmoronaram de uma só vez.
estou olhando para um quadro no chão e a fábrica ao longe parece tao perto de mim.
sentindo olhos em todas as pontas de meus ossos.
meus cotovelos, meus pés e minha cabeça sentem que enxergam as mesmas coisas por diferentes perspectivas. como é diferente olhar com os cotovelos.
sinto cheiro de sabão nas mãos elas pingam a pele que se renova.
as poeiras se acumulam em todos os cantos da minha casa.
mas as mãos agora ásperas estão alegres por ainda estarem frias de água.

domingo, 13 de março de 2011

tudo perdido....
as coisas estão fora do lugar..
acho que tenho medo da transformação por isso tenho tanto medo de borboletas...
o escrever pode me transformar, pode mudar coisas que estão em prateleiras erradas.
quando olho a minha volta questiono sempre o que estou fazendo aqui ou ali.
passo pelo mundo de forma superficial, assim como o que escrevo.
Acredito que escrevo por não conseguir dançar...
será que o movimento se tornou minha maldição??
quero a redenção pelo gesto.
quero a vida através do giro
quero sentir minhas pernas comandarem meu próximo passo...
Não a cabeça, nem o coração.
quero dançar até amanhecer,

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


sonhei com movimentos.
as mãos não paravam.
as malas estavam cheias de viagem.
eu nunca viajei com um trem...
sempre pensei que janelas eram os olhos das coisas.
se estão fechadas, o lugar está cego.
o trem estava. continuei andando vagando pelos ladrilhos olhando para o chão
mas parece que caminho nos mesmo lugares de todos.
não consigo pensar por mim mesma, por isso não posso escrever.
Um homem me para e pergunta:
"Você está grávida de uma menina não é?"
Fico paralisada, homem com roupas de profeta me olha por dentro.
eu estava.
o trem passou por mim sem janelas,
vagões vagos de gente (por que ainda insisto em estar na estação à espera?)
"trens não passam mais por aqui."
vejo meu filho pequeno correr entre os bancos atrás das pombas,
sento e choro.
nunca consegui segurar trem em meus pés.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


beijos beijos e mais beijos.
se todas as sensações se resumissem no prazer...
a boca pronuncia a fala e pode-se escrever com a língua palavras inauditas
(pode ser no pescoço também?)
queria que existisse um tempo, no qual me perderia em tua pele.
também quero teu pescoço.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

"A verdade é que não desejava intimidade, desejava conversa. A intimidade é um dos caminhos para o silêncio (...)"
Virgínia Woolf

essas palavras jorraram sobre mim. O silêncio lavará minha alma?
Poderá-
podereis lavar.
Jamais com tuas mãos.

sábado, 5 de fevereiro de 2011


Olhei para trás,
O céu estava lilás.
Somente olhei porque chamou-me a atenção.
Às vezes sou cega.
Erro os caminhos, erro as gramáticas e os endereços.
Mas ainda me procuro no reflexo...
reflexo do meu eu dentro de ti, do meu eu nas janelas,
do meu eu no córrego perto de casa,
do meu eu nas cartas do tarot...
procuro o lilás na minha vida.
Faz tempos que nao escrevo....
estou voltando ao meu centro?
ou estou me espalhando pelos ares?
escrevi hoje...
senti minha mente voando outra vez...
como é bom sentir-se ao vento.
fui ao Engenho Central
O rio estava bravo o vento levava a poeira para longe...
e as janelas dos lugares estavam com os vidros quebrados...
deixar-me passar como o vento...
amo poder escrever sem uma funçao específica..
acho que quero ser livre